Cultura
Em 1769, o arquiteto inglês John Carr conclui o projeto do novo Hospital Real de Santo António, encomendado pela Mesa da Misericórdia. No ano seguinte, a 15 de julho, foi benzida e lançada a primeira pedra. O projeto não chegou a executar-se sequer em metade, pois era de uma grandiosidade extraordinária. Em 1799, recebeu os primeiros doentes - 150 mulheres provenientes do Hospital de D. Lopo. Com o tempo converteu-se no "hospital da cidade", pois era o único lugar com condições para receber vítimas de grandes catástrofes, epidemias, convulsões políticas e revoluções.
O Hospital é uma das maiores e das mais importantes Obras de solidariedade que a Misericórdia do Porto ergueu e consolidou.
Após a revolução de 25 de abril de 1974, o Estado português assumiu a gestão do Hospital de Santo António.
Atualmente, em conformidade com a decisão da Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia do Porto e o conhecimento do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Porto (CHP), foi realizado o inventário geral dos bens culturais que, sendo propriedade da Instituição, se encontram em depósito e exposição no Hospital de Santo António (HSA), através do CHP, conforme consta do protocolo em vigor.
O inventário contempla os bens culturais e artísticos pertencentes à Misericórdia do Porto até à data em que o HSA foi nacionalizado, em 1975. Foram inventariadas 1020 (mil e vinte) peças.
As peças inventariadas inserem-se nas categorias de artes plásticas (pintura e escultura), artes decorativas (ourivesaria, mobiliário, cerâmica e equipamentos diversos, como relojoaria e balanças". No que diz respeito aos bens culturais que testemunham a História da Ciência e da Técnica, concretamente a da Medicina, os bens inserem-se nas categorias de instrumentos, aparelhos e equipamentos Médico-Cirúrgicos, de Laboratório, Imagiologia e Farmacêuticos.